olhar versus sorriso
Sempre gostei de observar o mundo à minha volta, sobretudo as pessoas, e desde que comecei a entusiasmar-me pela actividade do sketching noto claramente que tudo começa no olhar.
Olhar com olhos de ver é um requisito necessário para melhor registar no papel e guardar na memória.
Olhar com olhos de ver carece de atenção plena, e essa concentração meditativa tem um efeito terapêutico, zen.
Também é o olhar que distingue o fotógrafo.
O olhar da Gioconda, tal como o sorriso, é especial. Os seus olhos fixam os nossos mas, ao invés de transmitir qualquer tensão, parecem compassivos.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Praia não é só mar, areia e sol

Fiquei fã da praia da Fonte da Telha.
No dia seguinte lá fui eu, outra vez, ter com a "primalhada".
Para meu grande espanto só estavam os adultos, muito descontraídos por sinal. 
As crianças e adolescentes tinham preferido ficar em casa por causa do acesso à Internet. É este o perfil da nova geração...

Pois para mim a melhor forma de superar um dia quente de verão é, precisamente indo para a praia. 
O mar estava óptimo. Perdi a conta da quantidade de banhos que tomei com prazer, nas límpidas e frescas águas atlânticas.

Fora de água, uns tempinhos ao sol outros à sombra, conversei, li, descansei, observei e rabisquei.



Também tirei algumas fotografias, poucas.



Acabei por ficar sozinha até mais tarde e apreciar o pôr do sol no mar.
É um dos encantos da costa portuguesa.






segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Eu gosto é do verão

Este ano o verão tardou, mas veio bem quente.
Até houve dias em que se atingiram mais de 40ºC. na zona de Lisboa, à sombra.
Aqui, estas temperaturas não são muito vulgares e as pessoas não se habituam, andam completamente esbaforidas à procura de lugares frescos, de preferência com ar condicionado.

Para mim a solução ideal é ir para a praia. E não me venham falar das águas quentes das praias tropicais porque, com este calor, o que sabe bem é o nosso mar atlântico para refrescar a valer.

Ia para São João da Caparica, a praia do costume logo ali ao virar da ponte, mas acabei por ir para a Fonte da Telha.
Assim, encontrei-me com três primos e seis primas, uma bela quota, que valorizaram altamente o meu dia.




Foi fantástico!
Além de pôr a conversa em dia, tomei excelentes banhos de mar e rabisquei umas cenas de praia.
Cenas com pessoas desconhecidas, claro!





sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Pôr-do-sol visto de Montemor-o-Novo

No regresso de Arraiolos, mesmo ao final do dia, parei e Montemor-o-Novo e subi ao castelo.
Têm sempre vistas privilegiadas, os castelos espalhados por este País.

Do lado nascente as sombras alongavam-se e estava a ficar frio, mesmo a pedir um agasalho.





Do lado poente o vento ainda era uma brisa tolerável. 

As cores quentes do pôr-do-sol iluminavam a paisagem com a sua magia.









Ali fiquei até o sol desaparecer no horizonte.
Sozinha, com o frio a entranhar-se na pele, pensando nas pessoas com quem gostaria de partilhar este momento, esta visão, esta beleza tranquila.
Esta vontade de seguir viagem...


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

The Tall Ships Races - Lisboa 2016

Os grandes veleiros voltaram a Lisboa.
Nos poucos dias que ficam no Tejo, atracados no cais de Santa Apolónia, atraem milhentas pessoas para os visitar, fotografar e, evidentemente, para os desenhar.





Aquelas construções imponentes, cheias de mastros, cabos, velas, bandeiras e bandeirolas coloridas e outros apetrechos, são um desafio alucinante para qualquer sketcher



Numa edição anterior, penso que em 2012, Tall Ships Races passou por Lisboa e não tive oportunidade de a visitar.
Na altura nem sequer desenhava em diário gráfico, mas fiquei deslumbrada com as fotos e vídeos partilhados, sobretudo do desfile de despedida dos barcos na foz do Tejo.

Desta vez foi o convite de uma de nós que juntou cinco amigas rabiscadoras no sábado de manhã, bem cedinho.
Começámos logo a desenhar, mesmo antes do recinto abrir.



A meio da manhã já estava calor, mas ainda conseguíamos estar no sketching ao sol. 
Concentradas ou em pose para a fotografia.
Divertidas, com toda a certeza.


A réplica da Caravela Portuguesa Vera Cruz foi aqui, o centro das nossas atenções. 
Outros barcos que navegavam ao largo também foram registados.




O tempo passou num instante, ao início da tarde já o sol era abrasador e a quantidade de pessoas a visitar o evento era cada vez maior.

Tive dificuldade em fazer boas fotografias porque existiam muitas barreiras e instalações que estragavam o visual quando me afastava para enquadrar um veleiro inteiro ou a perspectiva de vários alinhados.
A maré vazia também escondia uma parte dos cascos.



Podia ter feito mais sketchs?
Podia. 
Omitia os obstáculos, os estorvos estéticos e desenhava as embarcações em todo o seu esplendor.
Podia, mas não fui capaz.
Fiquei esmagada, overwhelm, com a grandiosidade e complexidade dos modelos.
Talvez para a próxima esteja mais preparada e mais afoita.