olhar versus sorriso
Sempre gostei de observar o mundo à minha volta, sobretudo as pessoas, e desde que comecei a entusiasmar-me pela actividade do sketching noto claramente que tudo começa no olhar.
Olhar com olhos de ver é um requisito necessário para melhor registar no papel e guardar na memória.
Olhar com olhos de ver carece de atenção plena, e essa concentração meditativa tem um efeito terapêutico, zen.
Também é o olhar que distingue o fotógrafo.
O olhar da Gioconda, tal como o sorriso, é especial. Os seus olhos fixam os nossos mas, ao invés de transmitir qualquer tensão, parecem compassivos.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Sketching nas margens do Tejo

Na manhã do sábado passado realizou-se um Workshop de Introdução ao Diário Gráfico para iniciantes na Biblioteca da Trafaria, onde o Tejo se faz ao Mar.
Dirigido sobretudo à comunidade local, os orientadores Henrique Vogado e Rita Caré procuraram incutir o espírito Urban Sketcher nos participantes.
Houve uma enorme adesão a esta iniciativa e consta que foi muito interessante e motivador.

O programa da tarde foi um encontro livre de diários gráficos pela Trafaria sem limite de adesões nem desafios específicos e, apesar do frio e do vento, participaram bastantes Urban Sketchers aos quais me juntei animadamente.

Cheguei perto da Torre de Belém no final da manhã e fui andando e fotografando até chegar ao cais de embarque.



Como só há barcos de hora a hora, enquanto esperávamos fiz o meu primeiro rabisco do dia.



O barco sai do Cais de Belém e vai para a Trafaria com uma primeira paragem em Porto Brandão.




Fui "apanhada" em plena actividade dos rabiscos:



E aqui os resultados finais:




No fim juntámo-nos todos, como de costume, para partilhar os sketchs, os cadernos, opiniões e ideias.
Gente gira, simpática, criativa e talentosa, cada um à sua maneira.
Cada vez gosto mais destes convívios.

Apanhámos o penúltimo barco do dia para regressar à nossa margem.





Ao fim da tarde o azul do céu insinuava-se timidamente por entre as nuvens mas o sol já descia na direcção da linha do horizonte.
Ainda assim, parei a meio do caminho para desenhar o Padrão dos Descobrimentos e a vista do rio Tejo até às estruturas e guindastes que tinha rabiscado na outra margem.




No fim, tive de acelerar o passo para estimular o aquecimento do meu corpo pouco agasalhado para esta primavera outonal.



1 comentário:

  1. Desenhas cada vez melhor! Estás sempre a meter-te em apuros de perspectivas. Que paciência!
    Esse último desenho... o Padrão dos Descobrimentos está muito bem!

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