No regresso de Arraiolos, mesmo ao final do dia, parei e Montemor-o-Novo e subi ao castelo.
Têm sempre vistas privilegiadas, os castelos espalhados por este País.
Do lado nascente as sombras alongavam-se e estava a ficar frio, mesmo a pedir um agasalho.
Do lado poente o vento ainda era uma brisa tolerável.
As cores quentes do pôr-do-sol iluminavam a paisagem com a sua magia.
Ali fiquei até o sol desaparecer no horizonte.
Sozinha, com o frio a entranhar-se na pele, pensando nas pessoas com quem gostaria de partilhar este momento, esta visão, esta beleza tranquila.
Esta vontade de seguir viagem...
olhar versus sorriso
Sempre gostei de observar o mundo à minha volta, sobretudo as pessoas, e desde que comecei a entusiasmar-me pela actividade do sketching noto claramente que tudo começa no olhar.
Olhar com olhos de ver é um requisito necessário para melhor registar no papel e guardar na memória.
Olhar com olhos de ver carece de atenção plena, e essa concentração meditativa tem um efeito terapêutico, zen.
Também é o olhar que distingue o fotógrafo.
O olhar da Gioconda, tal como o sorriso, é especial. Os seus olhos fixam os nossos mas, ao invés de transmitir qualquer tensão, parecem compassivos.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Pôr-do-sol visto de Montemor-o-Novo
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