olhar versus sorriso
Sempre gostei de observar o mundo à minha volta, sobretudo as pessoas, e desde que comecei a entusiasmar-me pela actividade do sketching noto claramente que tudo começa no olhar.
Olhar com olhos de ver é um requisito necessário para melhor registar no papel e guardar na memória.
Olhar com olhos de ver carece de atenção plena, e essa concentração meditativa tem um efeito terapêutico, zen.
Também é o olhar que distingue o fotógrafo.
O olhar da Gioconda, tal como o sorriso, é especial. Os seus olhos fixam os nossos mas, ao invés de transmitir qualquer tensão, parecem compassivos.

domingo, 24 de abril de 2016

Vietname - em Ha Long Bay

Após a longa viagem de autocarro já descrita, chegámos ao maior porto de barcos de recreio da baía de Ha Long - Bai Chay Harbour.
Já passava da uma da tarde, chovia e sentimos ainda mais frio porque a roupa que vestíamos não era suficiente.
Fomos em passo acelerado até ao barco onde entrámos junto com outro grupo de turistas, mesmo assim só ocupámos cerca de metade da capacidade do barco.
Sentámo-nos em mesas de oito com bancos corridos e a tripulação começou logo a servir o almoço.
O barco desatracou de imediato e navegou num mar cinzento sem ondulação.
Confesso que mal vi a paisagem, ocupada que estava em comer. Eu e toda a gente suponho...




Quando demos por isso já estávamos rodeados daquelas ilhas calcárias, formações rochosas com íngremes penhascos cobertas com densa vegetação.

E o mar, um impossível verde profundo, um lindo verde esmeralda.

Ali, na primeira paragem, os turistas podiam escolher entre pequenas embarcações alugadas com guia ou canoas que eles próprios remavam, para visitar pequenas grutas junto ao mar.




Nós apenas subimos ao tombadilho e andámos por ali a fotografar e desenhar a paisagem.
Quando todos regressaram seguimos o passeio no meio daquelas verdes ilhas.

Atracámos noutro cais e desta vez saímos todos para visitar as famosas grutas Dong Thien Cung - Heavenly Palace Grotto.
Subimos a montanha parando em patamares para apreciar a paisagem, tirar fotos e ouvir a Guia partilhar algumas informações sobre a descoberta das grutas e contar dos imensos macacos que no verão descem das montanhas  e andam por ali a pilhar os turistas.


Ao entrar deparámo-nos com um espaço bastante grande bem iluminado, com estalactites e estalagmites cujas formas sugerem este ou aquele animal ou figura, pelo menos assim insistia a Guia apontando as formações com uma luz lazer.






É curioso que mesmo nesta altura do ano haja tantos grupos de turistas com guia.
Nem quero imaginar como será no verão, na época alta, com imensa gente e macacos irreverentes.

Saímos das grutas num local mais baixo quase junto aos barcos. No regresso ao grande porto, com todas as portas do barco fechadas por causa do vento frio, as pessoas conversavam animadamente entre os vários grupos e lá estavam, nas mesas sem pessoas, as pequenas montras de produtos e artigos, artesanais e típicos, postais e outros que tais, para aliciar o turista a comprar.

Ao entrar no autocarro, de temperatura mais aconchegante, já sabíamos o que nos esperava - uma lenta e longa viagem, mais valia dormitar um pouco...



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