Não me lembro duma primavera com um clima tão inserto, mais parece um outono chuvoso e frio.
A natureza pujante, há meses adormecida, hibernada, desabrocha mal sente um raio de sol prazeroso.
Não imagina que dois ou três dias depois volta a sentir frio, vento e chuva como se a estação voltasse atrás.
Eu que sou uma mulher da cidade, observo fascinada a vida no campo, aqui na beira da serra.
Primeiro foram os campos a cobrir-se de flores silvestres.
Depois foram as árvores de fruto a florir.
Cerejeiras, pessegueiros, pereiras, marmeleiro e mesmo a laranjeira dão flor na primavera mas cada uma demora o seu tempo a amadurecer os frutos.
olhar versus sorriso
Sempre gostei de observar o mundo à minha volta, sobretudo as pessoas, e desde que comecei a entusiasmar-me pela actividade do sketching noto claramente que tudo começa no olhar.
Olhar com olhos de ver é um requisito necessário para melhor registar no papel e guardar na memória.
Olhar com olhos de ver carece de atenção plena, e essa concentração meditativa tem um efeito terapêutico, zen.
Também é o olhar que distingue o fotógrafo.
O olhar da Gioconda, tal como o sorriso, é especial. Os seus olhos fixam os nossos mas, ao invés de transmitir qualquer tensão, parecem compassivos.
Esse campo de flores entre as oliveiras (?) está maravilhoso. Dá vontade de mergulhar lá para dentro!
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