olhar versus sorriso
Sempre gostei de observar o mundo à minha volta, sobretudo as pessoas, e desde que comecei a entusiasmar-me pela actividade do sketching noto claramente que tudo começa no olhar.
Olhar com olhos de ver é um requisito necessário para melhor registar no papel e guardar na memória.
Olhar com olhos de ver carece de atenção plena, e essa concentração meditativa tem um efeito terapêutico, zen.
Também é o olhar que distingue o fotógrafo.
O olhar da Gioconda, tal como o sorriso, é especial. Os seus olhos fixam os nossos mas, ao invés de transmitir qualquer tensão, parecem compassivos.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Vietname - Ho Chi Minh City a antiga Saigão

Para lá chegar foi um dia inteiro de avião e aeroportos, um dia aborrecido e cansativo.
Quando finalmente saímos para a rua, mais de duas horas após o avião ter aterrado por causa do visto no passaporte, lá estava o tranfer à espera para nos levar ao hotel. 
Sorridente, quando nos justificámos do atraso, disse que era habitual e esperava sempre o tempo necessário. A sua actitude revelou características comuns desta gente, a calma e a paciência.
De olhos bem abertos seguíamos o movimento nas ruas, o trânsito intenso e as buzinadelas constantes, a quantidade de pessoas por todo o lado, as luzes, os neons, toda uma dinâmica de hora de ponta às onze horas da noite.

No dia seguinte acordámos cheias de fome. 
Há imensas horas que não comíamos uma refeição de jeito por isso regozijámo-nos com um grande pequeno almoço e só depois saímos a pé para nos perdermos, literalmente, pela cidade.










Atravessar as ruas, mesmo nas passagens de peões ou nos semáforos, é uma desafio. Já sabíamos que é melhor deixar passar os carros e que as motas não param, de modo que é preciso avançar sem hesitações num passo cadenciado, sentido os disparos de adrenalina enquanto as motas passam por nós pela frente ou por trás sem abrandar.
Por incrível que pareça, ao fim do dia já o fazíamos com bastante descontracção.






Depois de muito andar, quando a minha Bia já estava a ficar rabugenta de fome outra vez, descobrimos por acaso aquele que no fim classificamos como o melhor restaurante vietnamita. 



PROPAGANDA  VIETNAMESE BISTRO


Mais tarde regressámos ao hotel e depois de um duche subimos ao spa para uma massagem fantástica. Ela fez-me estalar por todos os lados, esticou, desfez os nós e as tensões musculares e, se bem que por vezes tenha provocado dor, ao fim dos 60 minutos saí de lá a flutuar, a sentir-me leve, como nova.

Saímos novamente para jantar e parece que a cidade não abranda. 
O barulho constante das buzinas acaba por exercer alguma pressão na cabeça e causar algum mal estar e cansaço.
 


No dia seguinte saímos cedo do hotel numa excursão pelo delta do rio Makong.

E no terceiro dia saímos do hotel ainda mais cedo, antes do sol nascer, para apanhar o avião para Hanoi.



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