olhar versus sorriso
Sempre gostei de observar o mundo à minha volta, sobretudo as pessoas, e desde que comecei a entusiasmar-me pela actividade do sketching noto claramente que tudo começa no olhar.
Olhar com olhos de ver é um requisito necessário para melhor registar no papel e guardar na memória.
Olhar com olhos de ver carece de atenção plena, e essa concentração meditativa tem um efeito terapêutico, zen.
Também é o olhar que distingue o fotógrafo.
O olhar da Gioconda, tal como o sorriso, é especial. Os seus olhos fixam os nossos mas, ao invés de transmitir qualquer tensão, parecem compassivos.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Amareleja ao fim da tarde - ainda muito quente

O calor é o tema de conversa quando se fala da Amareleja.
Até a TVI andou por lá nesse dia a entrevistar as pessoas sobre essa "problemática" como se fosse notícia.
Mas estava calor, não há dúvida. 
Às 18 horas estavam, oficialmente, 39 graus centígrados. 
Não me lembro de ter bebido tantos litros de água e, durante todo o dia, só fiz um xi-xi antes de almoço e outro antes de jantar. Impressionantes as reacções do corpo para não desidratar...

Reunidos novamente na Praça da República fomos agraciados com o característico Cante Alentejano do Grupo Coral da Sociedade Recreativa Amaralejense e logo de seguida do Grupo Coral da Casa do Povo da Amareleja.

Só consegui desenhar o primeiro grupo e enquanto o segundo cantava as suas modas ainda fui completando o desenho visto os homens terem ficado por ali nas redondezas.






E a famosa torre do relógio que não dá horas certas, mas destaca-se na praça e em toda a vila.



Os sketchers que regressavam a Lisboa e arredores estavam com alguma pressa mas os de Évora nem por isso, de modo que ainda fomos beber mais qualquer coisa fresca e dar mais dois dedos de conversa que o convívio é muito importante nestes encontros. 

Acabei por jantar por ali mesmo, na Adega Piteira, umas costeletas de borrego grelhadas com muita salada mista bem temperada e algumas batatas fritas genuínas. E como já tinha prevaricado na dieta, regalei-me com um delicioso pudim de ovos também caseiro.


Da Amareleja fica-me a memória do calor abrasador bem como da forma calorosa que as suas gentes têm de receber os visitantes.

Pelas estradas escuros e sob um céu estrelado, regressei à Quinta de São Jorge na estrada de Carrapatelo.
Foi uma viagem calma graças ao provecto mas fiável carrinho que passou os 200.000 quilómetros neste trajecto continuando a somar, e ao bendito GPS que não me deixa hesitar nos cruzamentos.
Já no monte, sentada numa das cadeiras à volta da piscina, ainda estive a observar as estrelas e a apreciar os sons e cheiros da noite de verão alentejano, antes de me recolher para o merecido descanso.



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