Não é preciso ir muito longe, basta ir.
As probabilidades de descobrir algum sítio "novo" são imensas e mesmo os lugares revisitados têm outros encantos.
Para variar atravessei o Tejo na ponte de Vila Franca e logo depois virei para norte pelos caminhos agrícolas.
Uma estrada estreita, na larga lezíria, ao longo do rio.
Mal entrei em Salvaterra de Magos segui as indicações para Escaroupim.
Ia na senda do cais palafítico de uma das últimas aldeias de pescadores do Tejo, os avieiros, assim chamados porque descendem de comunidades de pescadores que vieram da Praia de Vieira, no início do século XX, à procura de melhores condições de vida.
Muito difícil, para mim, é pintar a água. Desde a cor aos reflexos passando pelo brilho, nada se parece.
Ainda assim gosto deste sketch e, sobretudo, de ir conseguindo superar, a pouco e pouco, os desafios que me proponho.
Voltei com vontade de reler o livro Avieiros de Alves Redol.
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