Saí do alojamento, o mais cedo possível com o pequeno almoço tomado, e fiz o percurso sem paragens apesar da paisagem e dos lagos formados pelo Alqueva merecerem belas fotografias.
Cheguei mesmo em cima da hora marcada.
Depois de um café saboroso, das apresentações e saudações, das sugestões do presidente da Junta de Freguesia, cada um foi desenhar o que mais lhe apeteceu.
Comprei um chapéu de palha à ceifeira, numa loja tipo drogaria à moda antiga que vende de tudo e mais alguma coisa. Bem castiça!
Andei a deambular pelas ruas, passei pela casa da palmeira, um dos ex-libris da terra segundo o presidente José António Valadas, mas não senti o apelo do desenho...
Deambulando por aquelas ruas verifiquei que a maior parte das casas típicas, piso térreo com uma porta entre duas janelas, foram restauradas, ou melhor, remodeladas e as faixas azul ou amarelo ocre em paredes caiadas foram substituídas por azulejos ou mármores em paredes cremes ou coisa que o valha, lamentável...
A meio da manhã já estava a ficar bastante calor e acabei por me instalar à sombra, numa mesa de pedra de um pequeno parque de merendas com grandes árvores frondosas, junto a uma escola infantil.
Rabisquei e aguarelei o primeiro desenho do dia, só para aquecer...
Voltei à Praça da República, o ponto de encontro, a fim de seguirmos juntos para o Baldio onde seria servido o almoço.
Primeiro petiscámos uns maravilhosos queijos de cabra, nas variedades fresco e curado, um tipo de paio e umas fatias finíssimas de papada de porco, tudo com o delicioso pão alentejano.
Depois comi o primeiro gaspacho da minha vida a acompanhar sardinhas e carapaus assados. Rematámos com melancia bem fresca.
Muito calor, boa conversa e vários sketchs em cima da mesa.
Embrenhei-me no parque das merendas e, sentada em cima de uma mesa de pedra, à sombra, perto do pequeno lago formado por uma represa, finalmente fiz um desenho capaz.
No fim, ainda com as tralhas todas espalhadas pela mesa, pus-me a filmar um rebanho de cabras que passava por ali a saltitar quando de repente um dos cães, enorme, me aparece mesmo à frente da cara e me prega um susto que me faz saltar para cima da mesa.
Sem esforço nenhum o cão salta atrás de mim e eu em pânico a apanhar os cadernos, os pincéis, o copo de água e as aguarelas enquanto o tentava enxotar como se fosse uma galinha - Chô! Chô!
Só depois vi que não tinha parado de filmar e ficou tudo gravado. Hilariante!
Para voltar ao centro da Amareleja apanhei boleia do senhor Valadas que fez questão de me ir mostrar a Central Solar Fotovoltaica, a maior do mundo com sistema de orientação dos painéis solares, e os canteiros que a Junta tem colocado em algumas ruas.
No braseiro da tarde, antes de recolher a um café com ar condicionado e águas frescas, juntei-me a alguns sketchers para desenhar a Igreja Matriz.
Podias ter desenhado na drogaria! ;-)
ResponderEliminarUma perdição rabiscável...
O filme? ;-P
O filme foi censurado para não me exibir numa situação tão ridícula... mas é de morrer a rir porque há partes em que a imagem está saltitante enlouquecida mas o som foi todo registado ;D
ResponderEliminarAquela loja, aquela drogaria, é mesmo uma perdição rabiscável. Ficou para outro dia, quem sabe...